Hoje passei pela Fonte
E ao banhar-me em teus beijos
Afoguei-me no deslumbre da paixão
Inebriantes carícias
Mãos sábias, desabridas
Túrgidos seios, arfando em círculos
Descobrindo caminhos na minha boca
Lançando barcos que vão para longe, escoltados
Por bandos de aves cruzando a esconsa linha do horizonte
Amei-te no olhar de uma delas e ao levantar-se
Do chão o sol trazia uma espuma que podia ser nossa
Por cheirar a terra revolvida de corpos acabados de copular
Eis que se turva o céu de sangue negro coalhado
E num repentino grito apagas-te no meu sonho
Eu quero fingir que não sonhei, e belisco-me
Até que a dor me confere estes pés de vidro
Finou-se a fonte do prazer
Numa mais que fria equação do tempo
Os sentidos atropelando-se nos cacos dispersos
A esmo, esmoler me confesso e roubo-te um olhar ardente
Persignas-te como se eu fosse o diabo, morto
Na cruz crivada de cacos ofereço-me em sacrifício
Num último e adocicado olhar te percorro etéreo e frio
Fico por ali, nu, na berma, como cão sem dono acometido
De…Ti.
Muito bem, amigo poeta!
ResponderEliminarGostei João.
ResponderEliminarBueda louco.
oi amigão te adoro
ResponderEliminarEstá lindo
MC<3
o pleno deslize que fazes... pelo meu corpo...as tuas mãos que bailam em mim... e meu corpo dança ao som dessa melodia...te perdes em mim.. deixas-me doida e feliz... de loucura por esse deslize...fascinante
ResponderEliminar