Ser de quantas esferas,espiral doTempo Busco em ti os lugares que percorreste Nessa simples e singela complexidade Te acolho desnuda no pensamento Ser de outras eras,filha de tantas terras Desferes teu punho no meu peito Rasgando com as tuas unhas A própria causa e o efeito
Bebes meu sangue ainda quente Num pacto divino,sublime Tão pura e alva,insigne Veneras assim o teu mestre Mulher de loucas antíteses Última trama dos deuses...
"Tomei-te assim,dono e senhor..." Tomei-te assim Como teu dono e senhor Esse corpo em fissão Essa luxúria vulcão Quisera poder selar o desejo Enlear-me em cada beijo Como se fizessemos amor Da lava que jorras para mim... Quanta devassa e tortura Quantos desejos calados no tempo Lugares de bruma em pensamento Tórridos quadros guardados na mente Ogivas de prazer explodindo no espaço Como se fora um toque meu em teu regaço Jura que te me ofereçes mesmo ausente Na última das heresias da Loucura...