Sim, amor
Como eu sei que sim
Que me sentiste furtivamente
Certamente porque …eu estive aí contigo
E na percepção de cada momento dessa viagem
Fui torrente, fui jorro, fui palavra e renasci
poema.
Na orgia dos sentidos tomei-te de assalto, de
mansinho
Apoderei-me dos lóbulos para descer pelos relevos
do pescoço
Tremeste com o som cavo dos meus dentes, cravados
sim
Mas naquele mordiscar de gato com ânsias do dono
Percorri teu dorso relendo cada saliência, trémula
Tua pele moldava-se numa suprema escultura
Em minhas mãos de mestre, teu mestre
Guerreiro de uma guerra consentida
E eterna, sem sangue mas Nossa!
Como sangrava o teu coração
Quando morreste por mim
Para renascer diáfana
Numa flor de lótus
Flutuando
Em mim…
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