"Fugi do sonho ...para saber de ti"
Havia um conluio confuso
Na esconsa sacada do sonho
O vento sibilino acariciava despudorada
E sôfregamente a incorpórea textura da noite
Escura...
Sentia que o sonho se abria
Por dúbios caminhos, veredas de espinhos
Que não me aportavam de todo
Ao cúmplice espaço tempo
Da nossa desbragada
Loucura...
Sabia que o tempo
Se alimentava das almas
Que o destino se empanturrava
De olhos,de gritos roucos e de espasmos
Torrenciais,de desabridas cadências
Sábia e oficialmente
Impuras...
Não vou voltar ao sonho
Vou-me banhar nas nascentes
Rebolar nos pastos fartos, idílicos,
No ímpio paraíso que enfim transcrevo
Te algemei,quero-te,exigo-te aqui, agora
Tão real e deslumbrante,gravada na minha pele
Te aguardo aqui amor e te aperto a mão com força.
Seguras?
Palavras concebidas com a natureza impecável dos nobres bardos à realeza de alma. Arco-íris perpétuo na íris do sol. Congratulações. Luciana Rocha.
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