Ser de quantas esferas,espiral doTempo Busco em ti os lugares que percorreste Nessa simples e singela complexidade Te acolho desnuda no pensamento Ser de outras eras,filha de tantas terras Desferes teu punho no meu peito Rasgando com as tuas unhas A própria causa e o efeito
Bebes meu sangue ainda quente Num pacto divino,sublime Tão pura e alva,insigne Veneras assim o teu mestre Mulher de loucas antíteses Última trama dos deuses...
"Tomei-te assim,dono e senhor..." Tomei-te assim Como teu dono e senhor Esse corpo em fissão Essa luxúria vulcão Quisera poder selar o desejo Enlear-me em cada beijo Como se fizessemos amor Da lava que jorras para mim... Quanta devassa e tortura Quantos desejos calados no tempo Lugares de bruma em pensamento Tórridos quadros guardados na mente Ogivas de prazer explodindo no espaço Como se fora um toque meu em teu regaço Jura que te me ofereçes mesmo ausente Na última das heresias da Loucura...
Te preciso... Te vivo e te sinto Assim,amor Numa insana loucura Tão intensamente bela Tão torrencialmente pura Amo amar-te Guardar-te Assim,amor Neste Todo sublime que nos inunda De luz e alimenta o vulcão eterno Da nossa Paixão...
Sempre teu Sempre minha... Minha música,nossa paixão.
"Mulheres servis..." Chamei-vos ao covil Para vos falar do sonho Da loucura que fervilha no sangue Ígneo deste homem fadado e medonho... Misturei no destino Uma porção de codícia Agitei como quem prepara E acalenta o mais caro dos vinhos Escravas assim eleitas Desbragada ânsia vos toma Na consumação do instinto bárbaro Mulheres servis, perfeitas Amarro-vos a esta espécie de coma Sórdido... louco sacrilégio intenso e raro