" Ode ao chocolate "
Meu doce sabor, meu pecado
Místico mensageiro de volúpias
Fermento da inconfessável insónia
Como te preciso nesta ânsia de sentir
Que escorres sem pudor nem cerimónia
Lânguidos corpos em oferenda para fruir
Sublime ensejo, mágico e exacerbado desejo
Por quantas bocas andaste
Quantos mil seios banhaste
Tormento nódoa nas mantas
Nas ligas das tenras infantas
Me acorrento em teu encanto
Boca lambuzada de espanto
Instilas teus sabores intensos
Em loucos devaneios pelos sentidos
Conquistaste os quatro cantos do mundo
Sem apelo nem agravo num voraz segundo
Te sorvo e em ti me alimento, mágico sustento
Impúdico afrodisíaco deste transviado pensamento.
Sem comentários:
Enviar um comentário