segunda-feira, 24 de novembro de 2014

"Espiral do Tempo"...




       Ser de quantas esferas,espiral doTempo 
      Busco em ti os lugares que percorreste 
      Nessa simples e singela complexidade
      Te acolho desnuda no pensamento 

      Ser de outras eras,filha de tantas terras
      Desferes teu punho no meu peito
      Rasgando com as tuas unhas 
      A própria causa e o efeito




    
      Bebes meu sangue ainda quente
      Num pacto divino,sublime
      Tão pura e alva,insigne
    
       Veneras assim o teu mestre
       Mulher de loucas antíteses
       Última trama dos deuses...
     
     


      




           "Tomei-te assim,dono e senhor..."


Tomei-te assim
Como teu dono e senhor
Esse corpo em fissão
Essa luxúria vulcão
Quisera poder selar o desejo
Enlear-me em cada beijo
Como se fizessemos amor
Da lava que jorras para mim...

Quanta devassa e tortura
Quantos desejos calados no tempo
Lugares de bruma em pensamento
Tórridos quadros guardados na mente
Ogivas de prazer explodindo no espaço
Como se fora um toque meu em teu regaço
Jura que te me ofereçes mesmo ausente
Na última das heresias da Loucura...







quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"Minha musa,meu piano..."








           Te preciso...
        Te vivo e te sinto 
        Assim,amor
        Numa insana loucura
        Tão intensamente bela
        Tão torrencialmente pura

       Amo amar-te 
       Guardar-te
       Assim,amor
       Neste Todo sublime que nos inunda
       De luz e alimenta o vulcão eterno
       Da nossa Paixão...

       Sempre teu
       Sempre minha...
       Minha música,nossa paixão.

       


terça-feira, 18 de novembro de 2014

"Mulheres servis..."







             
                                                     " Mulheres servis..."


Chamei-vos ao covil
Para vos falar do sonho
Da loucura que fervilha no sangue
Ígneo deste homem fadado e medonho...

Misturei no destino
Uma porção de codícia
Agitei como quem prepara
E acalenta o mais caro dos vinhos 

Escravas assim eleitas 
Desbragada ânsia vos toma
Na consumação do instinto bárbaro

Mulheres servis, perfeitas
Amarro-vos a esta espécie de coma
Sórdido... louco sacrilégio intenso e raro